Por:Rafaela Gonçalves – Correio Braziliense / FONTE: DP

 (Foto: Jonathan de Sousa Melo/Divulgação)
Foto: Jonathan de Sousa Melo/Divulgação

Após dois meses de queda, acumulando uma perda de 1,3%, a produção industrial teve variação positiva de 0,3%, na passagem de setembro para outubro. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgados nesta sexta-feira (2/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor ainda se encontra 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia e 18,4% abaixo do nível recorde alcançado pelo setor em maio de 2011. Em relação a outubro de 2021, a indústria registrou um avanço de 1,7%. No ano, acumula queda de 0,8% e, em 12 meses, recuo de 1,4%.

Apenas sete dos 26 ramos industriais pesquisados tiveram crescimento. Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no início do ano, uma vez que marcou resultados positivos por quatro meses em sequência, nos últimos meses o setor apresenta um comportamento de predominância negativa. “Nos últimos cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, avaliou.

As atividades econômicas que exerceram maior influência positiva no mês frente ao mês anterior foram produtos alimentícios (4,8%) e metalurgia (4,6%), com a primeira eliminando parte da perda de 7,1% acumulada nos meses de setembro e agosto. Já a segunda voltou a crescer após recuar 7,6% no mês anterior.

Por outro lado, veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%) exerceram os principais impactos negativos em outubro, com a primeira marcando o segundo mês seguido de redução na produção e acumulando perda de 6,8% nesse período; a segunda eliminando parte do avanço de 16,9% acumulado nos meses de setembro e agosto; e a última intensificando o recuo verificado no mês anterior (-5,7%).

Também recuaram couro, artigos para viagem e calçados (-13,2%), outros produtos químicos (-3,0%), produtos diversos (-12,5%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-7,1%), produtos de madeira (-8,8%), produtos de borracha e de material plástico (-2,6%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).

Categorias: SINDISERRAPE

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