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Preços na porta de fábrica chegaram a novembro em queda depois de três altas consecutivas, de acordo com os dados mais recentes do IPP, indicador do IBGE para a inflação na indústria

Da Redação ME

Inflação na indústria: preços caíram 4,89% entre janeiro e novembro de 2023, recorde na série histórica do IPP iniciada em 2014
Inflação na indústria: queda de preços (4,89%) registrada entre janeiro e novembro de 2023 foi a maior, para este período, na série histórica iniciada em 2014/Foto: Blog Vibramol (Site)

Com Agência Brasil e IBGE

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou novembro do ano passado com deflação de 0,43%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPP, aplicado na indústria, afere a variação dos preços de fábrica dos produtos. 

queda de preços no penúltimo mês do ano veio depois de três altas consecutivas. Em outubro, por exemplo, a inflação medida pelo indicador foi 1,07%. Com o resultado de novembro, o IPP acumulou taxas de deflação de 4,89% nos 11 primeiros meses de 2023 e de 6,09% em 12 meses. 

Inflação na indústria: preços recuam em 13 atividades

Ao todo, 13 das 24 atividades da indústria apresentaram deflação em novembro, com destaque para indústrias extrativas (-7,09%), outros produtos químicos (-1,36%) e veículos (-0,12%). 

Por outro lado, dez atividades registraram alta de preços, com destaque para alimentos (0,56%) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,83%). O setor de borracha e plástico registrou estabilidade, manteno os mesmos preços de outubro. 

Inflação na indústria: setor de bens intermediários teve, em novembro, a maior deflação (0,66%)
Inflação na indústria: bens intermediários tiveram, no mês de novembro, a maior queda de preços (0,66%)/Foto: Wolfgang Rattay (Reuters)

Inflação na indústria: bens intermediários têm maior queda

A maior queda de preços, entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, foi registrada no setor de bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo, com retração de de 0,66%. Em segundo lugar, ficou o setor de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na área fabril), com deflação de 0,4%, seguido por bens de consumo semi e não duráveis (0,18%). Já os bens de consumo duráveis tiveram alta de 0,31%. 

Como foi a inflação na indústria no acumulado do ano?

No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o IPP registrou deflação de 4,89%, o menor para um mês de novembro desde o início da série histórica, em 2014. A título de comparação, em 2022, a taxa acumulada até novembro havia sido de 4,48%. Entre as atividades, as maiores variações acumuladas no ano, em módulo, foram: papel e celulose (-16,91%), outros produtos químicos (-16,32%), refino de petróleo e biocombustíveis (-11,89%) e metalurgia (-10,18%).

As principais influências no resultado geral do acumulado de 11 meses vieram de outros produtos químicos (1,43 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-1,42 p.p.), alimentos (-0,81 p.p.) e metalurgia (-0,63 p.p.).

Como se comportaram os preços de fábrica nos últimos 12 meses?

deflação acumulada em 12 meses na indústria foi de -6,09% em novembro, contra -6,18% em outubro. As quatro variações mais intensas ante o mesmo mês de 2022 foram: outros produtos químicos, -18,66%; papel e celulose, -16,96%; refino de petróleo e biocombustíveis, -16,71%; e metalurgia, -11,35%.

Os setores que tiveram maior influência no resultado final do agregado foram: refino de petróleo e biocombustíveis (-2,09 p.p.); outros produtos químicos (-1,66 p.p.); alimentos (-0,74 p.p.); e metalurgia (-0,70 p.p.).

Inflação na indústria: o que é o IPP?

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

Tomando como referência a Lista de Produtos Selecionados (LPS), o IPP investiga, mês a mês, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as práticas comerciais mais usuais da empresa.

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