FONTE: JORNAL CONTÁBIL

Após muitas discussões quanto ao horário de verão, governo toma decisão quanto a volta ou não em 2023, vamos ver o que vai acontecer

De Ricardo

Neste ano, o governo sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, encontra-se em meio a reflexões e decisões significativas a respeito da implementação do horário de verão, uma prática historicamente adotada com a premissa de promover a economia de energia nos meses de temperatura elevada. A relevância e a eficácia desta medida têm sido alvo de debates intensos, dado que especialistas do setor elétrico questionam sua atual validade, argumentando que o ajuste temporal já não oferece mais os benefícios de alívio ao sistema nem de redução no consumo energético que justificaram sua criação.

Diante desse contexto, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, manifestou-se recentemente, declarando que, para o ano de 2023, o horário de verão não será incorporado. As justificativas e as implicações desta decisão, juntamente com as opiniões divergentes sobre o tema, serão exploradas e analisadas ao longo deste artigo.

Governo decide que não retornará o horário de verão

Conforme esclarecido por Silveira, a implantação do horário de verão para 2023 está condicionada unicamente à presença de “provas concretas de sua necessidade.”

“É crucial mantermo-nos vigilantes e prudentes quanto às afirmações sobre a concretização ou não do horário de verão. Ele será posto em prática, evidentemente, apenas se existirem indícios e provas de uma necessidade para garantir a segurança do abastecimento do setor energético nacional”, enfatizou.

Os técnicos do Ministério de Minas e Energia estão convergindo para a conclusão de que a reintrodução do horário de verão neste ano não se faz necessária.

Entretanto, a palavra final sobre a execução do horário de verão não é exclusivamente do Ministério de Minas e Energia. Efetivamente, é o Palácio do Planalto que pondera tanto os dados técnicos quanto as influências políticas e, se imprescindível, promulga um decreto concernente ao horário de verão.

A percepção predominante é de que, atualmente, o estado dos reservatórios e a acessibilidade a fontes renováveis de energia estão em condições satisfatórias para garantir o fornecimento energético.

A implementação do horário de verão foi revogada por decreto em 2019, sob a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), argumentando-se que a iniciativa já não se justificava mais do ponto de vista do setor elétrico.

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Bares e restaurantes pedem volta do horário de verão

A Associação Nacional de Bares e Restaurantes (Abrasel) remeteu uma correspondência a Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia, solicitando a reinstituição do horário de verão no Brasil. Conforme declarado pela associação, a iniciativa tem uma repercussão positiva imediata nas receitas dos estabelecimentos do setor, apresentando uma ascensão de 10% a 15%.

“Em uma fase onde o segmento está em processo de recuperação dos danos financeiros ocasionados pela crise sanitária, a adoção dessa estratégia favoreceria uma indústria responsável por prover sustento direto a mais de 7 milhões de cidadãos brasileiros, englobando aproximadamente 1,5 milhão de negócios em território nacional”, argumenta a Abrasel na carta remetida na terça-feira (26) ao referido ministro.

A Abrasel sublinha que tal prática impulsiona o setor econômico, com ênfase no comércio e no turismo, pois os visitantes têm a tendência de otimizar seus roteiros turísticos, prolongando suas experiências até horários mais avançados. A associação, além disso, fez a remessa de um documento, tratando do mesmo tema, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros Geraldo Alckmin, da pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e Celso Sabino, encarregado pelo Turismo.

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