FONTE: METADADOS / BLOG DO RH

Descubra como montar um PGR eficiente, conectado com o bem-estar dos colaboradores e a realidade da sua empresa

Programa de Gerenciamento de Riscos: o que é e como fazer

Você já ouviu falar no Programa de Gerenciamento de Riscos, mas ainda tem dúvidas sobre o que realmente é e como ele funciona na prática? Fique tranquilo, você não está sozinho. Muita gente da área de RH, segurança ou liderança de equipes ainda confunde os termos ou não sabe por onde começar.

Neste artigo, nós da Metadados, empresa que desenvolve sistemas para gestão de RH, vamos descomplicar o assunto, mostrar o que é o Programa de Gerenciamento de Riscos, explicar como fazer um PGR eficiente e destacar como ele se conecta diretamente com segurança do trabalho e programas como o PCMSO.

Boa leitura!

O que é o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)?

Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é um documento obrigatório para empresas com empregados sob o regime da CLT, podendo ser apresentado em formato físico ou eletrônico. Ele reúne um conjunto de medidas e ações que têm como objetivo identificar, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Em outras palavras: é um verdadeiro mapa da segurança dentro das empresas. Ele mostra quais riscos existemonde estãoquem pode ser afetado e o que será feito para prevenir acidentes e doenças ocupacionais.

Se você está procurando entender o que é o PGRpense nele como um plano estruturado para proteger as pessoas que fazem a empresa acontecer, da linha de produção ao escritório.

Com a modernização da NR-1o PGR passou a ser obrigatório para praticamente todas as empresas com trabalhadores expostos a riscos ocupacionais, substituindo o antigo PPRA.

Por que o PGR é importante para a sua gestão de pessoas?

Programa de Gerenciamento de Riscos: ilustração de robô escaneando pessoa

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), são registrados cerca de 500 mil acidentes de trabalho por ano no Brasil. E boa parte deles poderia ser evitada com ações preventivas mais estruturadas.

Além disso, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a cada 15 segundos, uma pessoa morre no mundo devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil, a cada 50 segundos um acidente de trabalho é notificado.

Por isso, adotar um PGR eficiente não é só uma exigência legal, mas um ato de cuidado com as pessoas e uma estratégia inteligente de gestão.

Se você está se perguntando “O que o RH tem a ver com isso?”, a resposta é: tudo. O Departamento de Recursos Humanos atua como um elo importante entre os profissionais de segurança do trabalho, as lideranças e os trabalhadores.

Além disso, é o setor que mais sente os impactos de uma má gestão de riscos: afastamentosprocessos trabalhistasalta rotatividade clima organizacional prejudicado.

Saiba mais sobre PGR no vídeo preparado pela especialista em legislação trabalhista e eSocialMarta Pierina Verona:

https://youtube.com/watch?v=DBwT_hVb6pc%3Fsi%3DvMugSbfGbmuy4r43

Por que o PPRA foi substituído?

Se você trabalha com RH, segurança ou gestão de pessoas, provavelmente já ouviu falar que o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) saiu de cena para dar lugar ao PGR. Mas por que essa mudança aconteceu?

Essa transição foi oficializada por duas portarias publicadas em março de 2020, que reformularam as Normas Regulamentadoras NR-1 e NR-9:

  • Portaria nº 6.730/2020 – NR-1: apresenta o novo PGR como base do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e define diretrizes gerais de saúde e segurança no trabalho;
  • Portaria nº 6.735/2020 – NR-9: trata da avaliação e controle de exposições a agentes físicos, químicos e biológicos, aprofundando os riscos ambientais.

A ideia dessas mudanças era tornar o controle de riscos mais prático e conectado com a realidade das empresas. Em vez de ser algo burocrático ou distante do dia a dia, o foco passou a ser um monitoramento mais constante e ações que realmente façam diferença no bem-estar das equipes.

Enquanto o PPRA olhava apenas para os riscos físicos, químicos e biológicos, o PGR amplia esse olhar e passa a considerar também os riscos ergonômicos e de acidentes. Isso inclui situações que podem afetar o colaborador física ou mentalmente, seja por postura, esforço repetitivo ou insegurança nos processos.

NR-1 e fatores psicossociais no PGR: o que muda para as empresas

A partir de maio de 2025, uma nova atualização da NR-1 torna obrigatória a inclusão dos fatores psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos.

Isso significa que, além dos riscos físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, as empresas também deverão mapear e controlar situações relacionadas à saúde mental e ao bem-estar emocional dos trabalhadores, como estresse excessivosobrecargaassédio ou ambiente tóxico.

Esses fatores passam a integrar o grupo de riscos ergonômicos e devem constar tanto no inventário de riscos quanto no plano de ação do PGR, com medidas preventivas e acompanhamento contínuo.

O texto da nova NR-1 não determina ferramentas específicas para esse levantamento, mas orienta que cada organização utilize os métodos mais adequados à sua realidade, como pesquisas internas, dados do RH, avaliações ergonômicas ou indicadores de saúde.

Com isso, o papel do RH ganha ainda mais relevância na construção de uma cultura que valorize, de verdade, a saúde integral dos colaboradores.

Guia completo: Fatores psicossociais no PGR. Acesse!

Como fazer um Programa de Gerenciamento de Riscos?

Agora que você já entendeu o que é o PGR, chegou o momento de ver como ele funciona na prática. A boa notícia é que, mesmo com etapas técnicas envolvidas, é totalmente possível montar um programa claro, aplicável e alinhado com a realidade da sua empresa.

A seguir, veja o passo a passo para implementar o PGR Programa de Gerenciamento de Riscos:

1. Entenda o contexto da empresa

Antes de qualquer coisa, é importante conhecer a fundo os ambientes, processos, atividades e equipamentos usados na empresa. Leve em consideração os espaços físicos, os turnos de trabalho, a quantidade de colaboradores e o uso de EPIs. Cada detalhe ajuda a enxergar melhor onde estão os perigos.

2. Identifique os perigos

Essa é uma etapa crítica: identificar tudo que pode oferecer risco à saúde e à segurança dos trabalhadores. Riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, de acidentes e, a partir de 2025, também os fatores psicossociais, como estresse e sobrecarga de trabalho.

3. Avalie os riscos

Depois de identificar os perigos, é hora de analisar a probabilidade de ocorrência e a severidade dos danos que eles podem causar. Essa avaliação ajuda a priorizar as ações e definir o nível de risco ocupacional, como orienta a NR-1.

4. Monte o inventário de riscos

Com base nas etapas anteriores, elabore um documento claro e acessível com todas as informações: os riscos identificados, quem está exposto, qual o nível de risco e quais medidas já existem. Esse inventário é a base do PGR e deve ser atualizado sempre que houver mudanças na empresa.

5. Defina as medidas de prevenção e controle

Aqui entra o plano de ação, com as estratégias para eliminar ou minimizar os riscos. Isso pode incluir a troca de equipamentos, revisão de processos, capacitações, pausas ergonômicas ou ações voltadas à saúde mental. O plano deve indicar quem será responsável, quais os prazos e como será o acompanhamento.

6. Treine os trabalhadores

De nada adianta montar um PGR se os colaboradores não souberem como agir. Por isso, é importante realizar treinamentos periódicos sobre os riscos mapeados, o uso correto dos EPIs, os procedimentos de emergência e as medidas de prevenção. Isso fortalece a cultura de segurança e o engajamento da equipe.

7. Monitore e atualize o PGR

O PGR não é um documento para ficar parado em uma gaveta. Ele precisa ser revisto e ajustado sempre que houver mudanças na empresa ou surgirem novos riscos. O monitoramento deve ser contínuo, com participação ativa do RH e da área de segurança do trabalho, para garantir que as ações estejam sendo eficazes e os riscos realmente controlados.

Dica extra: envolver os trabalhadores desde o início, ouvindo suas percepções e experiências, pode tornar o PGR muito mais eficaz. Ninguém conhece melhor os desafios do dia a dia do que quem está ali, vivendo o processo.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, confira 10 respostas sobre o Programa de Gerenciamento de Risco.

Conclusão

Programa de Gerenciamento de Riscos não é só mais um documento para cumprir tabela. Ele é parte essencial de uma gestão de pessoas mais humana, estratégica e segura.

Saber o que é o Programa de Gerenciamento de Riscos, como fazer um PGR completo, e integrá-lo ao PCMSO é um diferencial para empresas que querem cuidar das pessoas de forma genuína.

Você é profissional de RH e não tem segurança ao realizar processos como estes? A Metadados, além de diversos softwares de Recursos Humanos, conta com uma equipe altamente qualificada que oferece o suporte necessário para você e sua empresa.

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Conheça quem escreveu o artigo

  • Bruna ValtrickBruna ValtrickBruna é jornalista e produtora de conteúdo, especializada em SEO e Inbound Marketing, com mais de 7 anos de experiência. Acredita que boas histórias valem mais do que palavras difíceis e que todo texto existe por um propósito. Na Metadados, cria conteúdos estratégicos e sempre atualizados sobre Recursos Humanos.
  • Marta Pierina VeronaMarta Pierina VeronaFormada em Gestão de Pessoas e pós-graduada em Direito, Marta é especialista em eSocial e em Legislação Trabalhista. Com mais de 20 anos de experiência na área, atualmente, é consultora de aplicação na Metadados.
Categorias: SINDISERRAPE

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